Produtos da feira livre terão novos rótulos nutricionais
Diante das novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Executivo de Treviso foi contratada uma nutricionista para reformular os rótulos nutricionais dos alimentos comercializados na feira livre do município. As mudanças visam facilitar a compreensão dos consumidores.
A profissional está elaborando 70 tabelas de informação nutricional de alimentos. Os novos rótulos contêm informações sobre açúcares totais e adicionais, declaração do valor energético e nutricional por 100g ou 100ml, lista de ingredientes, prazo de validade e informações nutricionais, entre outros dados exigidos pela legislação vigente.
As novas regras foram estabelecidas na Instrução Normativa-IN nº 75, de 8 de outubro de 2020, sendo um anexo à RDC nº 429/2020 e fornece informações específicas sobre cada parte do rótulo, incluindo as características de formatação.
“De acordo com a RDC 429, informações essenciais devem vir na frente do rótulo como: gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio, essas são as três informações mais importantes nos rótulos dos alimentos. Grande parte dos alimentos industrializados que são bebidas tem pelo menos um desses três componentes adicionados. Muitas vezes em altas quantidades”, explicou a profissional, Juliana Mendes.
Além disso, os dados devem ser visíveis na parte da frente e superior com um designer padronizado. “Os consumidores devem notar é que, com a RDC 429, a tabela nutricional deverá ter o fundo branco e as letras pretas. Não é mais permitido veicular rótulos em que estas informações tenham qualquer outra configuração. Do contrário, os consumidores podem sentir que não existe legibilidade suficiente. É importante lembrar que esta regra visa ajudar mesmo os produtos com rótulos bem pequenos a garantirem a leitura visual”, disse.
Para a nutricionista, as mudanças beneficiam a população, que pode entender a composição do produto e os benefícios ou malefícios para a saúde. Esta mudança beneficia os consumidores e não o fornecedor, porque a partir do momento que o consumidor vê um alimento com a lupa de alto teor em açúcares adicionados, gorduras saturadas ou sódio ele vai pensar se compra ou não, por motivo de ter uma patologia que o faça restringir o consumo deste alimento. Fazer o consumidor entender que o excesso dessas três substâncias é, em muitos casos, a causa do surgimento ou agravamento de diversas doenças e problemas de saúde”, finalizou.
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